3.11.06

Sim, a história se repete...


Por acaso, ao abrir um livro de história, você já teve a impressão de que os fatos que ali são narrados estão se repetindo?... Ainda não? Então leia os livros do grande historiador inglês Edward Gibbon - são proféticos! E você não imagina que tremendo e trágico passado nos aguarda! O colosso ocidental derramou pelo mundo a sua majestade e por fim pela corrupção de um primitivo mulculturalismo, apodreceu lentamente até que os bárbaros de fora e os cultos orientais de dentro o ruíssem em escombros. Foi neste ponto que Gibbon, começou a sua imponente narrativa do "Declínio e Queda do Império Romano" - compondo com poderosa voz de órgão catedrático a marcha fúnebre da civilização. Percorram sem pressa esse desfile de páginas majestosas; a vida não é coisa tão importante que não possamos consagrar um pedaço dela à leitura do homem que soube tão bem descrever a saga da decadência, e ainda deixar uma advertência perpétua aos que a ela sobrevivessem!Tão generoso se mostra Gibbon que não restringe a história apenas a moribunda Europa meridional, mas também nos revela a infância da Europa nórdica, setentrional, que conhecemos como Idade Média. Vemos o surto do Papado para realização do maior sonho do catecismo ocidental - a unificação da Europa; e aqui, a conversão de Constantino e a coroação de Carlos Magno; e ali a sangrenta história de como Maomé e seus generais, chefiando exércitos famintos de pilhagem e bêbados de teologia, derramaram-se sobre a Pérsia e a Espanha, ensaiaram as civilizações de Córdoba e Bagdá e por fim recuaram para o deserto, quando os turcos, ainda mais bárbaros que eles, rolaram do Cáucaso sobre o ocidente em desordem!
Acreditem, qualquer semelhança não será mera coincidência!

P.S.: Se você não tem tempo para ler todos os seis volumes da obra monumental de Gibbon, não se desespere. A “Cia das Letras” lançou uma versão de bolso abreviada e compilada pelo renomado especialista Dero A. Saunders, portanto o leitor terá a oportunidade de acompanhar sucintamente, na prosa cadenciada de um dos maiores estilistas da literatura inglesa, o "triunfo da barbárie e do fanatismo" sobre as nobres virtudes ocidentais que Gibbon tanto admirava.

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