10.11.06

Nada poderá nos deter!


O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou na sexta-feira que os inimigos de seu país não poderiam "fazer nada" para deter o programa nuclear iraniano. Os EUA e algumas potências européias lideram os esforços para que o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) imponha sanções contra o país islâmico porque ele se recusou a suspender seu programa de enriquecimento de urânio. O programa, segundo potências ocidentais, teria por meta a fabricação de bombas atômicas. "Na questão nuclear, há uma preocupação equivocada sobre a possibilidade de o Irã afastar-se do caminho da paz", disse Ahmadinejad, segundo a agência estatal de notícias Irna.
O governo iraniano insiste que tem o direito de desenvolver a tecnologia nuclear e que deseja utilizá-la com o fim exclusivo de gerar energia elétrica.
"Se Deus quiser, nosso poderoso país continuará em seu caminho e o inimigo não poderá fazer nada na questão nuclear."
Comentários de teor semelhante já haviam sido feitos pelo aiatolá Ruhollah Khomeini, o fundador da República Islâmica. Em 1979, quando estudantes invadiram a embaixada norte-americana em Teerã e fizeram dezenas de pessoas reféns, Khomeini afirmou: "Os EUA não podem fazer nada."
Importantes membros do Conselho de Segurança discutem atualmente um projeto de resolução elaborado pela Europa. O projeto prevê sanções contra o Irã.
Os EUA desejam que o texto contenha palavras mais duras, mas a Rússia resiste e pede que partes dele sejam apagadas, excluindo medidas como o confisco de bens iranianos e a proibição de que autoridades do país viajem.
Na sexta-feira, o principal negociador do Irã para a área atômica disse que seu país reveria as relações com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) se o Conselho de Segurança aprovar o projeto de resolução da Europa.
O Irã suspendeu as inspeções-surpresa em suas instalações nucleares depois de o caso dele ter sido enviado ao Conselho de Segurança. Agora, o país ameaça interromper por completo as inspeções da AIEA se sanções forem adotadas.

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