24.11.06

Jean-Marie Le Pen continua no páreo e avança!


O líder do partido ultradireitista francês Frente Nacional, Jean-Marie Le Pen, tem 17% de intenções de voto, a cinco meses das eleições presidenciais francesas, quase o dobro de cinco anos atrás, quando chegou ao segundo turno.
Os dados procedem de uma pesquisa publicada hoje pelo jornal "Le Monde", que ouviu 1.002 pessoas maiores de idade no país. Em novembro de 2001, Le Pen tinha 9% das intenções de voto, e cinco meses mais tarde, em 21 de abril de 2002, alcançou 16,8%, o que permitiu disputar o segundo turno contra Jacques Chirac.
O diretor do instituto de pesquisas (CSA-Opinion), Stéphane Rozes, acredita que a alta de Le Pen se deve aos distúrbios ocorridos nos subúrbios franceses provocados por imigrantes mulçumanos, há um ano, e que voltaram a ocorrer há poucas semanas, embora em menor escala. E atribuem também à decepção de uma parte da opinião pública de centro com a maneira como o Governo administrou alguns assuntos trabalhistas.
Le Pen É conhecido por defender políticas radicais, entre elas a readoção da pena de morte, maior restrição de imigrantes na França de países fora da Europa, e independência da França da União Europeia. Ele afirma que a maior parte dos políticos e da imprensa francesa são alienados corruptos e não cumprem com os interesses do povo francês.
Os críticos o consideram perigosíssimo e sua política um retrocesso. Acusam-no de trabalhar com o déficit psicológico e cultural de seus eleitores, materializando alvos fáceis onde eles possam descarregar o ressentimento. Descortina o mundo como um cenário de decadência, desordem e deterioração dos valores, para surgir como um redentor bem-humorado e um organizador destemido. Aproveita-se da crise da vontade política na França, dos desacertos e embates entre as formações partidárias de esquerda e direita, para agredir o establishment político e o aparelho democrático. E afirmam que seus reais e principais propósitos são reduzir na França toda influência externa, mandar embora os imigrantes, expulsar os judeus, proclamar a superioridade dos franceses e da raça branca, inventar novas colônias, impedir a livre associação e expressão, centralizar o poder, militarizar o Estado, em suma, destruir a democracia.
Parece incrível que o liberalíssimo povo francês esteja flertando com semelhante montro político, mas o fato é que esse povo, em face ao caos social que os ameaça, querem recorrer a medidas extremas.
Cabe então as seguintes perguntas: A única alternativa do ocidente será combater o fascimo com mais facismo? Será que a democracia já fracassou?
Outro efeito colateral desastroso do multiculturalismo!... Sinais dos tempos!!!!!

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