9.3.07

Sanções ao Irã


Decadência e Islamização


Desde Freud: The Mind of a Moralist (1959), Philip Rieff (1922-2006) foi reconhecido como um dos mais importantes pensadores americanos. Sua última obra, My Life Among the Deathworks (University of Virginia Press, 2006), analisa a cultura como expressão da ordem divina. Ela pode nos servir de ponto de partida para explicar por que a pretensa "civilização laica" não tem como desembocar em nenhum paraíso global de justiça e prosperidade, mas só na dominação universal do islamismo. A premissa de My Life Among the Deathworks é a admissão de que em toda cultura há uma série inumerável de palavras e símbolos que desfrutam de autoridade pública automática. São a tradução de verdades que não estão aí para ser provadas ou impugnadas: elas estruturam a nossa vida de todos os dias para muito além da nossa capacidade de reflexão consciente. Evocam a nossa obediência imediata e despertam em nossa alma sentimentos de culpa e inadequação quando as infringimos. Ao conjunto delas Rieff denomina "ordem sacra". A educação doméstica, as regras de boas maneiras, as hierarquias administrativas, a política, o gosto literário e artístico, tudo numa cultura é "transliteração da ordem sacra numa ordem social". Examinar criticamente esses símbolos desde o ponto de vista da razão individual, da filosofia ou da "ciência" é legítimo, mas é uma atividade que transcorre dentro da cultura e balizada por ela. Seu alcance, portanto, é limitado: nenhum saber individual pode substituir-se à cultura como um todo. O máximo de profundidade que a sondagem dos símbolos pode alcançar é aquela que se observa na psicanálise (independentemente do conteúdo específico das teorias de Freud): a penetração do exame racional nas brumas do inconsciente, para desativar a sobrecarga de autoridade de símbolos sacrais. Estes são absolutamente necessários à cultura, mas à medida que o tempo passa eles se consolidam em formas de autoridade interiorizada cujo peso acumulado se torna opressivo. A psicanálise desata os nós da sobrecarga, liberando o indivíduo para reintegrar-se na ordem social, não para sair dela.Na evolução histórica do Ocidente, Rieff identifica três ordens sacrais sucessivas, que ele chama de "mundos". Na cultura do mundo antigo, greco-romano, potências espirituais supra-humanas e infra-humanas enquadravam o homem numa ordem cósmica que se traduzia em ordem social sob a noção geral de "destino". No monoteísmo judaico-cristão, a leitura dos símbolos torna-se mais sutil e ao mesmo tempo mais exigente, instaurando o compromisso da "fé" e a luta permanente do homem para permanecer integrado na ordem divina. A terceira cultura, ou "terceiro mundo" está se formando bem diante dos nossos olhos, e sua diferença das duas anteriores é radical: pela primeira vez na história humana, as elites culturais tentam construir uma ordem social sem ordem sacra, ou melhor, contra toda ordem sacra. O experimento, enfatiza Rieff, é inédito. Comentando o livro na Intercollegiate Review, R. R. Reno, especialmente qualificado para analisar o assunto por sua experiência anterior em Ruins of the Church: Sustaining Faith in an Age of Diminished Christianity (2002), observa que se trata de impor a toda a humanidade o uso de remédios jamais testados. Os princípios da nova civilização podem-se resumir em três enunciados: 1) Toda proibição é proibida.2) Toda repressão deve ser reprimida.3) A única verdade é que não existe verdade.Nesse quadro, a própria razão é condenada como repressiva, e automaticamente o privilégio de credibilidade é transferido a símbolos de prestígio ("papéis teatrais") associados ao poder "libertador" da satisfação narcísica. A própria "ciência" já não funciona como conhecimento racional, mas como estereótipo publicitário encarregado de legitimar os desejos da multidão, ou os da elite injetados na multidão.As práticas culturais da nova sociedade, que Rieff exemplifica e analisa extensamente, copiam as da terapia freudiana, mas não para curar a alma e sim para esvaziá-la de todo sentido de vida. A "liberação" geral desemboca no niilismo. "Onde nada é sagrado, não existe nada."O problema com as análises de Rieff é que elas abrangem somente o panorama ocidental. A conseqüência inevitável é que tendem a aceitar como novo padrão civilizacional mundial aquilo que, visto desde outra perspectiva, pode ser apenas a transição rápida e fulminante de uma ordem social fundada no judeocristianismo para outra de base islâmica. A emergência da cultura niilista pode ser datada, sem erro, do iluminismo francês. O "culto da Razão" como fundamento de uma civilização mais feliz e mais livre baseada no esclarecimento científico é apenas uma idéia popular, que não corresponde em nada à verdade histórica do iluminismo. Não apenas o século XVIII francês foi mais povoado de superstições, bruxarias, ritos esotéricos e sociedades secretas do que qualquer etapa anterior da história ocidental, como também os abismos de incongruência no pensamento dominante da época inspiraram a Goya a sua famosa gravura "El sueño de la razón produce monstruos". Nos escritos de um Voltaire, de um Diderot, de um Montesquieu, os estudiosos vêm descobrindo padrões de descontinuidade e desequilíbrio que raiam a loucura pura e simples. Como observou Paul Ilie no monumental The Age of Minerva (2 vols., Philadelphia, University of Pennsylvania Press, 1995), mais que a época da razão o iluminismo foi a época da ruptura radical entre a razão e os sentimentos, estes expressando-se em delírios passionais que pareciam emergidos diretamente do inferno, aquela em simulacros de ordem que celebravam indiretamente a onipotência do caos. Paul Hazard, em La Pensée Européenne au XVIIIe. Siècle, mostrou que a receptividade dada à crítica antitradicional intelectualmente sofisticada foi devida menos à aparente racionalidade de seus argumentos do que à atmosfera preparada por uma incrível inundação de piadas e lendas anti-religiosas, de uma baixeza e vulgaridade à toda prova, que já circulavam desde muito antes dos panfletos de Voltaire e Diderot. Boa parte da obra destes últimos (já mencionei aqui o caso de La Réligieuse, v. http://www.olavodecarvalho.org/semana/ 070108dc.htm) não fez senão beber nessa fonte espúria e dar-lhe um verniz de respeitabilidade literária. Corroendo a fé pública nos símbolos e instituições tradicionais, o iluminismo desembocou não só na loucura genocida do Terror, mas nos sangrentos delírios pornográficos do marquês de Sade, que vieram a exercer contínua atração hipnótica sobre a imaginação francesa até Jean-Paul Sartre e Georges Bataille (v., deste último, L’Érotisme: "Do erotismo pode-se dizer que é semelhante à morte"). O mergulho final do intelectual francês no submundo do marquês de Sade tomou forma, não literária, mas biográfica, em Michel Foucault, escravo das drogas e devotamente empenhado em "transcender o sexo" mediante o sofrimento físico em rituais de flagelação masoquista, com algemas, chicotinho, cuecão de couro e tudo o mais (não sei se é para rir ou para chorar, mas leia a história completa em Roger Kimball, "The perversions of Michel Foucault", na revista The New Criterion, http://www.newcriterion.com/archive/11/mar93/foucault.htm). A inspiração niilista do movimento revolucionário pode ter sido obscurecida por um breve momento graças à ascensão da utopia proletária, mas sua natureza profunda não demorou a aparecer de volta sob a forma de montanhas de cadáveres, um acúmulo impensável de sofrimento humano, resultando enfim no fiasco da URSS e nos arranjos capitalistas do comunismo chinês. A desilusão com o comunismo soviético e chinês produziu o imediato retorno aos motes do iluminismo francês, com a nova divinização da "ciência" e a mais virulenta campanha anti-religiosa de todos os tempos, subsidiada por verbas milionárias, fortemente amparada pela indústria do show business (O Código Da Vinci, O Corpo, e agora O Túmulo de Jesus), abrilhantada por ídolos pop da divulgação científica como Richard Dawkins, Daniel Dennet e Sam Harris e coroada por uma sucessão impressionante de legislações repressivas promovidas diretamente pelos organismos internacionais e voltadas contra a expressão pública da fé. Injetada num ambiente previamente preparado pelo "politicamente correto", e coincidindo no tempo com a nova onda de anti-semitismo europeu e com a matança generalizada de cristãos nos países islâmicos e comunistas, a campanha dá um passo enorme no sentido da extinção do legado civilizacional judaico-cristão e na instauração mundial da social-democracia laica, o prêmio de consolação dado pela elite globalista à esquerda mundial pelo fracasso do comunismo russo-chinês. Ora, a absoluta incapacidade da socialdemocracia laica de resistir à invasão cultural islâmica já está mais do que demonstrada na prática. Nem vou insistir nisso. Os interessados que leiam Eurabia: The Euro-Arab Axis, de Bat Ye’or (Farleigh Dickinson University Press, 2005), The Death of the West, de Patrick J. Buchanan (St. Martin’s Press, 2002) e The Abolition of Britain, de Peter Hitchens (Encounter Books, 2000), só a título de exemplos.A fraqueza incurável daquilo que um dia foi "o Ocidente" provém do fato de que, esvaziados do conteúdo vital que recebiam da tradição judaico-cristã, os princípios mesmos que induzem os intelectuais europeus a defender seus países contra a tirania islâmica – a modernidade, a razão científica, a democracia, o progresso capitalista, a liberdade de expressão, o primado do consumidor e os confortos da previdência social – se tornam instrumentos de corrosão das identidades nacionais e da capacidade de autodefesa cultural. E de há muito os estrategistas islâmicos já perceberam isso, senão não teriam podido conceber a "guerra assimétrica" nem o uso maciço da imigração como arma de combate.O protesto melancólico de Oriana Falacci, bradando contra o fim da Europa e nada podendo alegar em favor dela exceto seu amor pessoal às delícias da modernidade, soa tão fútil e impotente ante as exigências morais avassaladoras da autoridade islâmica que se torna o símbolo mesmo de uma civilização agonizante. O que sobra no fundo do niilismo é o hedonismo, mas seria vão tentar construir – ou defender – uma civilização com base nele. O hedonismo atrai interesses, mas não é fonte de autoridade. Ele próprio é niilismo em versão light. Anúncios de restaurantes nada podem contra o vigor do protesto islâmico. Mas a força da invasão islâmica não repousa só na fraqueza do adversário. Há um poder efetivo, "positivo" por assim dizer, intrínseco à mensagem islâmica, que a torna especialmente capacitada a apropriar-se de um corpo civilizacional debilitado pelo niilismo. É que o próprio Islam tem um fundo "niilista". Mohammed destruindo os ídolos da Kaaba é o advento de um monoteísmo abstrato que varre do planeta os símbolos visíveis do divino e os substitui pelo culto disciplinar do absolutamente invisível. A proibição radical das imagens equivale a uma política de terra-arrasada espiritual onde só o que sobra para atestar a presença divina é o apelo auditivo de um substantivo abstrato (Allah não significa propriamente "Deus", nome próprio, mas "a divindade"). Nas mesquitas, o equivalente ao altar é o mihrab, um espaço vazio cavado na parede, designando a divindade eternamente ausente e inalcançável. No Islam não existe nem o povo eleito, atestando através da história a continuidade da profecia, o diálogo permanente entre o homem e Deus, nem a Encarnação pela qual o divino habita entre nós como nosso igual e nosso irmão. O ciclo da profecia está encerrado: Deus falou pela última vez a Mohammed e não falará mais até o fim dos tempos. O silêncio só é rompido pelo chamamento dos muezzins no alto das mesquitas, convocando a humanidade a prosternar-se ante o eterno Ausente que, ante a nulidade da Terra, se torna o único Presente. E Deus, segundo o Islam, jamais esteve entre nós: foi apenas uma aparência, ou melhor, uma aparição. Nobre e espiritual o quanto se queira, mas aparição. Lâ-llláha-íla-Allah, "não há deus exceto Deus" – tudo o mais é, a rigor, inexistente. Só existe Deus, inapreensível e incorpóreo – e, do outro lado, o Nada. Num mundo esvaziado pelo niilismo, o Islam se torna a única religião viável. Continua portanto válida – não obstante erros de detalhe, concernentes por exemplo à China –, a análise feita em 1924 por René Guénon (ele próprio um muçulmano) em Orient et Occident, segundo a qual o Ocidente só teria, daquele momento em diante, três caminhos a escolher: a reconquista da tradição cristã; a queda na barbárie e em conflitos étnicos sem fim; e a islamização geral. Os que pretendem defender o Ocidente na base do laicismo ou do ateísmo só concorrem para fortalecer a segunda alternativa, ante a qual a terceira pode surgir, mais dia menos dia, até como alternativa humanitária. A "civilização laica" não é uma promessa de vida: ela é a agonia de uma humanidade declinante que, um minuto antes da morte, terminará pedindo socorro ao Islam.
P. S. – Recuso-me terminantemente a escrever “Islã”, com til, uma aberração ortográfica inaceitável.
Publicado pelo Diário do Comércio em 05/03/2007

8.3.07

Ser mulher no séculos XXI é...


Dia Internacional da Mulher

Redação Central, 8 mar (EFE).- O Dia Internacional da Mulher foi celebrado hoje com poucos incidentes no mundo todo, quando as mulheres se dedicaram mais ao trabalho do que às manifestações.Mas não faltaram reivindicações de igualdade social e laboral com os homens e pedidos pelo fim da violência machista.Os únicos distúrbios ocorreram nas Filipinas, onde a Polícia impediu à força uma manifestação que seguia em direção ao palácio de Malacañang, em Manila, residência da presidente Gloria Macapagal Arroyo.Também houve um protesto no acampamento de refugiados de Kalandaia, entre Jerusalém e Ramala, onde centenas de palestinas e judias pediram o fim do embargo econômico internacional contra o Governo palestino e a proteção dos direitos femininos.A batalha das palestinas é dupla: contra a ocupação israelense e por seus direitos, disse à imprensa a ativista de direitos humanos Fadua Jader.No outro lado da divisa, a situação das mulheres melhorou nos últimos vinte anos, mas continuam ganhando salários mais baixos, reconhece um relatório divulgado hoje pelo Escritório Central de Estatísticas israelense.Enquanto isso, o Dia da Mulher gerou medidas positivas em países onde a tradição islâmica marginaliza as mulheres, como a Argélia, onde um decreto presidencial reduziu em um ano as penas das reclusas, e o Irã, onde 30 prisioneiras foram libertadas depois de protestar contra um julgamento de ativistas de direitos humanos.Além disso, as mulheres tiveram direito hoje a viajar de graça no primeiro vôo entre Grozni, a capital da Chechênia, e Moscou desde a explosão da guerra na república russa, em 1994.Mas apesar desse tipo de medidas leves, a situação feminina continua sendo muito grave em vários países, como lembraram as Nações Unidas.O coordenador da ONU na China, Khalid Malik, advertiu hoje que a desigualdade de sexos na China, onde nascem 118 meninos para cada 100 meninas, reflete uma "atitude social" - a preferência por filhos varões - que "pode ter sérias conseqüências no futuro".O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, incentivou hoje o Conselho de Segurança a estabelecer um mecanismo de controle da violência machista, o outro grande inimigo da mulher, além da desigualdade social e laboral em relação aos homens.Sobre a diferença no âmbito profissional, a vice-secretária-geral da ONU, Asha-Rose Migiro, afirmou que o próprio organismo é um mau exemplo, pois nos últimos oito anos, a percentagem feminina ocupando altos cargos só cresceu 0,35% anualmente.Para acabar com o desequilíbrio, um grupo de parlamentares suíças aconselhou que "cessem as queixas" e se aumente a participação feminina na vida política.A presidente do Chile, Michelle Bachelet parece concordar com a idéia. Disse que, com sua vitória eleitoral, as chilenas chegaram à política "para ficar" e "a igualdade entre homens e mulheres deixou de ser um sonho no Chile".Mas a situação não se estende ao resto da América Latina, como no Paraguai, onde centenas de camponesas se manifestaram hoje."Exigimos que o Estado implemente políticas sociais para o acesso à educação gratuita e de qualidade, saúde universal sem discriminação, moradia, terra, emprego digno, e rejeitamos a violência e a discriminação contra as mulheres", disse Dora Flecha, uma das ativistas, durante a manifestação no centro de Assunção, a capital paraguaia.Outra camponesa, que deixou sua casa porque sofria violência doméstica, foi escolhida a Mulher do Ano na Colômbia, onde tanto o presidente Álvaro Uribe como as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) estiveram de acordo pela primeira vez, ao parabenizar as mulheres por seu dia."A liderança da mulher é indispensável para derrotar a corrupção, a ineficiência e a violência na vida pública colombiana", manifestou Uribe sobre as colombianas, cumprimentadas pelas Farc "com imenso carinho revolucionário".Na América Central, centenas de mulheres marcharam hoje por San Salvador, em El Salvador, para pedir o fim das agressões machistas e a discriminação, enquanto em Tegucigalpa, em Honduras, várias organizações feministas exigiram da Corte Suprema a "efetiva" aplicação da Lei contra a Violência Doméstica.Reivindicações idênticas também ocorreram hoje em lugares tão distantes como Guiné Equatorial e Bruxelas - onde o Comitê de Produtores Europeus (CPE) e a Coordenadoria de Organização Agrícola e Pecuarista espanhola (COAG) denunciaram a "insegurança jurídica e econômica" da mulher no meio rural.Na Guiné Equatorial, a ministra de Integração da Mulher, Eulalia Nvo, pediu durante um ato público que os homens não pratiquem "maus-tratos físicos, psíquicos, ambientais e emocionais contra as mulheres, pois tais comportamentos não lhes fazem bem, mas, pelo contrário, as rebaixam."

27.2.07

Cuidado: A Rússia está em marcha!




O recente discurso do presidente Vladimir Putin na Conferência sobre Políticas de Segurança de Munique criou uma certa comoção. Putin criticou a expansão da OTAN e a política externa americana de uma forma que nos faz lembrar o antigo inimigo soviético. Em resposta, o Secretário-Geral da OTAN manifestou uma mistura de frustração com a esperança de que se poderia driblar as observações de Putin. Antigo consultor para assuntos de segurança de três presidentes americanos, Brent Scowcroft disse que o discurso de Putin foi "desagradável", mas fez notar o fato de que Putin ainda estava disposto a cooperar com os Estados Unidos. O secretário de defesa, Robert Gates, tentou amenizar respondendo que "uma guerra fria já era suficiente", enquanto o presidente Bush assegurou seus compatriotas de que a Rússia e os EUA continuariam a trabalhar juntos.
O que foi que Putin disse em seu discurso que criou tamanho rebuliço?
Logo no início do discurso, Putin disse: "A estrutura desta conferência me permite evitar a polidez excessiva e a necessidade de falar com rodeios, utilizando termos diplomáticos agradáveis, porém vazios. O formato desta conferência me permitirá dizer o que eu realmente penso sobre os problemas da segurança internacional". Uma afirmação desse tipo, da boca de uma antiga autoridade da KGB e atual ditador, geralmente prefigura um engodo. Embora podendo revelar certas verdades, o presidente russo dificilmente entregaria o que pensa realmente, pois fazer isso reduziria seu discurso, de uma odiosidade vulgar, a um cinismo tão voraz ao ponto de deixar os cabelos em pé. Um homem que ordena o assassinato de jornalistas dissidentes não pode se dar ao luxo de expor seu repugnante raciocínio a pessoas normais. Isso ocorre porque Putin não é normal. Ele é um homem da KGB. Ele é um "soviético". E suas realizações – se é que alguém realmente merece crédito por elas – não são realmente suas. A ciência militar, a sociologia e o pensamento econômico por trás do ressurgimento da Rússia são a realização de organizadores ocultos, estruturas secretas da KGB e do Partido Comunista russo. Putin é uma cria dessas estruturas, seja lá qual for o seu cargo específico e seu poder verdadeiro. Há um establishment oculto na Rússia e Putin é seu representante visível, e não deve ser confundido com o tipo de presidente que se encontram nos países ocidentais. Tampouco se deve confundir o sistema político da Rússia com qualquer outro, pois ele é tipicamente asiático. É um sistema que confia em um exército secreto de informantes e provocadores, na coordenação entre o crime organizado e a polícia, na oposição controlada e agentes duplos, em posturas de fachada e falsas aparências. Nesse contexto, a última coisa que se ouvirá do líder russo é o que ele "realmente pensa". O que se ouve de seus lábios é algo calculado. Não importa que pareça cru ou inicialmente ineficaz, pois é psicologicamente pré-calculado. As afirmações dos estadistas russos são parte da estratégia russa.
De acordo com Putin, "é de conhecimento geral que a segurança internacional compreende muito mais do que questões relacionadas à estabilidade militar e política. Envolve a estabilidade da economia global, a superação da pobreza, a segurança econômica e o desenvolvimento de um diálogo entre civilizações". Putin está apelando para os sentimentos feridos dos países pobres, e ao "complexo de culpa esquerdista" dos países ricos. A fórmula das nações ricas versus nações pobres é fundamental para sua estratégia. A guerra de classes, o conceito mais fundamental de todo o marxismo, está sendo colocada em destaque. É uma arma com o intuito de incitar a maioria dos países. Pense na situação global da seguinte forma: há uma guerra, e de um lado estão os pobres. Do outro lado os ricos. É nesse contexto que o presidente Putin citou a fala do presidente americano Franklin D. Roosevelt, que disse: "Quando a paz é rompida em qualquer lugar, a paz de todos os países, em todos os lugares, está em perigo". É algo que Roosevelt disse quando a Segunda Guerra Mundial teve início. Essa observação, diz Putin, "permanece atual hoje em dia".
Putin está dizendo que nós estamos no início de uma nova guerra mundial. Desta vez, no entanto, os EUA são o país agressor. O mundo todo deve agora se curvar ante o "único mestre, o único soberano", ou resistir. Essas palavras de Putin não têm como alvo os EUA ou a Europa, embora ele as diga diante de uma reunião de líderes americanos e europeus. Seu alvo é o mundo árabe, a África, a Ásia e a América Latina. Ele lhes está dizendo que os EUA querem tiranizar o planeta "contrariando a democracia", que a atitude americana de ensinar a democracia aos outros é mera hipocrisia. "Aqueles que nos ensinariam", diz ele, "não querem eles mesmos aprender".
O domínio global americano é inaceitável, diz Putin. Conduz à guerra e ao massacre em massa. "Estamos testemunhando hoje um uso quase descontrolado de força – força militar – nas relações internacionais, força essa que está mergulhando o mundo em um abismo de conflitos permanentes", afirma Putin. "Estamos vendo um crescente desdém aos princípios básicos do direito internacional. E normas legais independentes estão, na realidade, se assemelhando cada vez mais a um sistema legal de um estado único. Um estado único e, é claro, os Estados Unidos antes de tudo, [que] ultrapassaram as fronteiras nacionais de todas as formas possíveis. Isso é visível na política econômica, na agenda política, cultural e educacional que eles impõem às outras nações. E quem gosta disso? Quem está feliz com isso"?
Putin está apelando ao crescente anti-americanismo que décadas de propaganda bolchevique cultivaram em todo o mundo. Ele desafia o poder hegemônico na sua presença. Finge falar pelo mundo em desenvolvimento, inclusive o mundo árabe. Afinal, ele está em vias de visitar a Arábia Saudita. Os dois grandes produtores de petróleo, Rússia e Arábia, estão se aproximando. A estratégia na área de energia é parte da grande estratégia russa. Em seu pronunciamento, Putin está avisando à OPEP que se defenda contra um grave perigo. Diz que o direito internacional não pode mais protegê-los. Os americanos têm como e irão invadi-los. Mas há uma poderosa alternativa aos Estados Unidos. O sub-texto tácito é que a Rússia e seus aliados (como a China, a Índia e o Brasil) têm a influência econômica e o poderio militar para virar a mesa sobre os EUA e a Europa também. "O PIB combinado", lembrou Putin, "medido em paridade de poder de compra de países como a Índia e a China já é maior que o dos EUA. E um cálculo similar com o PIB dos países do BRIC – Brasil, Rússia, Índia e China – ultrapassa o PIB acumulado da União Européia. E, de acordo com os especialistas, no futuro essa diferença só aumentará". Se os EUA querem uma corrida armamentista, que venham. A Rússia está pronta e se preparando para se rearmar de forma grandiosa, como o ministro da defesa da Rússia anunciou há pouco tempo. E a Rússia tem a riqueza necessária para aplicar o merecido castigo.
Segundo Putin, os próprios americanos são responsáveis pelo terrorismo e a situação das armas de destruição em massa no planeta. A hipocrisia americana, diz Putin, estende-se até mesmo à não-proliferação nuclear, pois o domínio ameaçador dos EUA "é um incentivo para que muitos países adquiram armas de destruição em massa". É culpa dos EUA se a Coréia do Norte e o Irã estão construindo um arsenal atômico. Foram os próprios americanos os responsáveis. Deve-se perguntar, diz ele, por que os americanos estão bombardeando e atirando em pessoas nessa fase do jogo? Afinal de contas, a Rússia virou uma democracia! Qual o problema? Os americanos perderam a fé no poder dos valores culturais e democráticos?
E o que aconteceu com o controle de armas e o processo de desarmamento? Bem, afirma Putin, os americanos jogaram o processo no lixo. "A Rússia pretende cumprir estritamente as obrigações que assumiu [em termos dos tratados de controle de armas]. Esperamos que nossos parceiros [ou seja, os americanos] também agirão de forma transparente e se policiarão para não deixar de lado algumas centenas de ogivas nucleares excedentes para o caso de necessidade. E se hoje o novo Secretário de Defesa americano declarar que os Estados Unidos não esconderão armas excedentes em armazéns ou, como se diz, debaixo do travesseiro ou do cobertor, então eu sugiro que todos nos ergamos e saudemos essa declaração de pé. Seria uma declaração muito importante".
O totalitarismo de Putin está escamoteado, assim como as estruturas secretas que o levaram ao poder ficaram escondidas durante a presidência de Yeltsin. A mente totalitária é uma mente paranóica. Constrói sua posição baseando-se em mentiras e fica concatenando tramas de destruição, esperando realmente que seu principal inimigo esteja fazendo a mesma coisa. Quando ele sugere que os Estados Unidos querem esconder armas nucleares "debaixo do travesseiro", confessa que a Rússia fez muito mais. Na realidade, a Rússia tem milhares de armas nucleares escondidas e não catalogadas (de acordo com o falecido Bill Lee, um destacado especialista da inteligência americana). A Rússia rompeu quase todos os tratados que assinou. Qualquer um que acompanhe os jornais com atenção suficiente se lembrará das histórias de violação de tratados sobre armas químicas, nucleares e biológicas em vigor. E agora que a Rússia está ajudando o Irã a desenvolver um arsenal atômico torna-se quase risível Putin dizer à sua platéia em Munique que "A Rússia adere estritamente e pretende aderir ainda mais ao Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares, assim como o regime de supervisão multilateral de tecnologias de mísseis". O presidente russo não é sério. Ele é cínico, e conta com o cinismo de seus camaradas do Terceiro Mundo.
Putin realmente prevê que a Rússia terá de romper com o Tratado de Não-Proliferação que restringe os mísseis nucleares de médio alcance. São essas as armas que a Rússia utilizou para ameaçar a Europa nos anos 80. Eram então consideradas as armas mais desestabilizadoras. Deve-se imaginar os arrepios dos estadistas europeus presentes ao encontro.
Mas a reação americana foi fraca. Não havia nenhum Winston Churchill disposto a dizer que a Rússia ainda era uma ameaça, e que ela estava rompendo seus tratados enquanto se preparava para a guerra. Ao desfazer-se da asneira que foi a Cortina de Ferro, o novo totalitarismo russo é polido, seletivo, e enganosamente aberto. O Ocidente acha-se emaranhado economicamente em sua rede. Poder-se-ia argumentar que existe liberdade na Rússia, não fosse pela eliminação de tantos jornalistas – como Paul Klebnikov e Anna Politkovskaya (para não mencionar o envenenamento por radiação de Alexander Litvinenko, em Londres). Os métodos para esmagar os dissidentes são mais precisos hoje em dia, com o benefício extra da negação convincente. Alguns observadores compararam o discurso de Putin ao Discurso de Fulton, de Churchill. Alguns disseram que Putin estava declarando uma nova Guerra Fria. Mas não havia nada de novo em seu discurso. Altos líderes russos e representantes do regime já disseram repetidas vezes as mesmas coisas. Além disso, Putin já declarou guerra aos Estados Unidos depois do massacre de Beslan. Ele acusou os Estados Unidos de estarem por trás dos terroristas na Rússia.
A Rússia está, portanto, em marcha, e essa marcha começou já faz algum tempo.



© 2007 Jeffrey R. Nyquist
Publicado por Financialsense.com
Tradução: Caio Rossi

Qual a maior ameaça?


Os Estados Unidos enfrentam uma série de ameaças, encabeçadas pela Al-Qaeda, o conflito no Iraque e a possibilidade de que o Irã desenvolva armas nucleares até 2015, declarou nesta terça-feira o chefe do serviço de Inteligência, Michael McConnell.
"A Al-Qaeda representa a principal ameaça para os interesses americanos, inclusive ao território dos EUA", disse McConnell durante uma audiência na comissão das Forças Armadas no Senado sobre "a avaliação anual da ameaça".
"Além da Al-Qaeda, suas redes e afiliadas, existe a ameaça terrorista do (grupo xiita libanês) Hezbollah, apoiado pelo Irã e pela Síria. Depois das hostilidades do verão passado (no Líbano), o aumento da auto-confiança do grupo e de sua hostilidade contra os Estados Unidos, por ser aliado de Israel, poderia conduzir a organização a aumentar seus preparativos contra alvos americanos", avaliou McConnell.
Ele situou o Irã e a Coréia do Norte em outra categoria, já que considerou a proliferação de armas de destruição em massa como "a segunda ameaça".
"Depois do terrorismo, o esforço desses países e dos terroristas para desenvolver e/ou adqüirir armas perigosas e seus veículos constitui a segunda ameaça contra a segurança de nosso país, de nossas tropas que estão em campo e de nossos aliados", declarou McConnell.
"O Irã e a Coréia do Norte são os países que mais nos preocupam", definiu.
Em relação ao Iraque, o diretor da Inteligência acredita que "as atuais tendências políticas e de segurança no Iraque evoluem na direção errada", acrescentando que "o termo 'guerra civil' descreve bem os elementos essenciais que compõem o conflito iraquiano".
"A não ser que os esforços destinados a inverter esta situação surtam real efeito nos próximos 12 ou 18 meses (...), consideramos que a situação da segurança continuará a se deteriorar num ritmo comparável ao que se observou durante o segundo trimestre de 2006".
Ao se referir ao governo de Hugo Chávez, McConnell afirmou que "as compras de moderno equipamento militar russo, incluindo 24 caças bombardeiros SU-30, e movimentos visando ao desenvolvimento de sua própria capacidade de produção de armas são preocupações crescentes para seus vizinhos".
"Essas compras de armas podem alimentar uma corrida armamentista na região", acrescentou McConnell.
"Os esforços de Chávez para politizar as forças Armadas venezuelanas e criar uma ampla e bem armada Guarda Territorial e reservistas militares são outros sinais de que está rompendo com a tendência na região, que é de militares mais profissionais e apolíticos", manifestou.
A Venezuela adquiriu no fim de 2006 um total de 24 caças Sukoi 30 russos e acertou a compra de 53 helicópteros MI-24 e 100.000 fuzis Kalashnikov, entre outros equipamentos.
Além disso, no início de fevereiro, Chávez confirmou a compra de mísseis Top-MI da Rússia para "defender as instalações petroleiras, as instalações estratégicas".
Os convênios com a Rússia contemplam também a instalação na Venezuela de duas fábricas, uma para fuzis e outra para munições.
Já no que diz respeito à Rússia, McConnell não enxerga uma ameaça concreta, mas fez críticas ao que considera uma radicalização da atitude do governo e uma política exterior marcada por elementos de "rivalidade e antagonismo" em relação aos Estados Unidos.
O diretor da Inteligência disse que o Kremlin vem se tornando cada vez mais anti-democrático e obstinado à medida em que se aproximam as eleições presidenciais do próximo ano.
"A reafirmação (da supremacia) da Rússia continuará com a inserção de elementos de rivalidade e antagonismo nas negociações entre Washington e Moscou, particularmente em nossas interações com a ex-União Soviética", afirmou McConnell.

22.2.07

Mais um blogueiro silenciado pelo Islã



Um tribunal egípcio condenou hoje a quatro anos de prisão um blogueiro acusado de insultar o Islã e o presidente do Egito, Hosni Mubarak. Trata-se do primeiro processo judicial promovido contra o autor de um blog na internet no Egito.
Abdel Kareem Nabil, de 22 anos, declarou-se inocente de todas as acusações contra ele apresentadas. Enquanto isso, grupos de defesa dos direitos humanos exigem a imediata libertação do ex-aluno da Universidade Al-Azhar, no Cairo, uma instituição islâmica.
Nabil, que escrevia em seu blog com o nome de Kareem Amer, criticou duramente a instituição de ensino em seu weblog, qualificando-a como "a universidade do terrorismo" e acusando-a de suprimir a liberdade de pensamento. A universidade expulsou Nabil no ano passado e mobilizou promotores para que o levassem a julgamento. Seu blog também continha críticas ao regime de Mubarak.
O juiz leu o veredicto em uma breve audiência num tribunal da cidade mediterrânea de Alexandria. Ele sentenciou Nabil a três anos de prisão por insultar o Islã e incitar a sedição e mais um ano por insultar Mubarak. Nabil estava sujeito a uma sentença máxima de nove anos de reclusão. A audiência na qual foi proferida a sentença durou apenas cinco minutos. A seguir, ele foi retirado da corte e levado para a prisão sem comentar o assunto.
No ano passado, a polícia egípcia deteve diversos blogueiros, a maioria por causa de conexões com movimentos reformistas pró-democracia. Detido em novembro, Nabil foi o único levado a julgamento até agora. A maioria dos demais blogueiros foi libertada.
Não há como contestar: não existe liberdade no Islã!

14.2.07

Al Qaeda: México e Venezuela estão na mira!


Abu Dhabi, 14 fev (EFE).- O braço saudita da rede terrorista Al Qaeda pediu a seus seguidores que ataquem as instalações petrolíferas dos países que fornecem petróleo aos Estados Unidos, dentre os quais citou o México, a Venezuela e o Canadá.
Este pedido faz parte de um artigo incluído na última edição da revista eletrônica "Sawt al Yihad" (Voz da Guerra Santa), da chamada "organização da Al Qaeda na Península Arábica".O artigo, intitulado "Bin Laden e a arma do petróleo", encoraja os mujahedins (combatentes islâmicos) a atacar instalações petrolíferas, não apenas na Arábia Saudita, mas no mundo todo.

9.2.07

A Realidade do Multiculturalismo



Uma menina de 12 anos recorre aos tribunais para garantir seu direito de usar o niqab, o véu que deixa ver apenas os olhos; Salim explica que sua "radicalização" é causada pela "discriminação": os muçulmanos britânicos, como muitos na Europa, tentam afirmar cada vez mais sua identidade.
Segundo um estudo do instituto Policy Exchange, divulgado há poucos dias, um número crescente de jovens muçulmanos neste país é a favor da sharia, do véu islâmico para as mulheres e das escolas religiosas.
Numa destas escolas, a Academia Fadah, do oeste de Londres, financiada pela Arábia Saudita, eram utilizados há dois dias livros que ensinam que os cristãos são "porcos" e os judeus, "macacos".
Esses livros foram retirados depois que um ex-professor revelou seu conteúdo. Ao mesmo tempo, nas escolas públicas da França, circularam livros que rechaçam, em nome do Alcorão, a teoria da evolução.
Em Londres, assim como nas outras grandes cidades da Inglaterra, os lenços muçulmanos, inclusive os véus, são cada vez mais visíveis nas ruas, lojas, supermercados e escolas, ao mesmo tempo que médicas, advogadas e professoras muçulmanas exercem sua profissão com a cabeça coberta.
Leila, uma estudante de cinema documental de 19 anos, disse à AFP que, embora nem sua mãe nem suas várias tias usem o véu islâmico, ela sente necessidade de usá-lo.
"Para mim, o sonho de meus pais de que eles e seus filhos se integrariam nesta sociedade já desmoronou. É mentira, não vivemos todos juntos e em harmonia. Somos uma comunidade à parte, que deve reafirmar-se como tal", disse.
Ao mesmo tempo, alguns britânicos brancos que vivem em Whitechappel, um bairro majoritariamente muçulmano de Londres, expressam seu temor pelo que chamam de o "auge do extremismo muçulmano".
"Já não me sinto bem aqui", disse Helen, contando que nasceu há 50 anos numa rua próxima, em Bricklane. Perto dessa rua, há agora uma mesquita.
Em Birmingham (segunda cidade da Inglaterra), onde a promotoria indiciou na sexta-feira cinco britânicos paquistaneses presos na semana passada numa grande operação policial, por suspeita de terrorismo, a comunidade muçulmana manifestou sua cólera e desconfiança.
Um dos homens presos nessa operação, que depois foi libertado, expressou seu mal-estar, afirmando que para os muçulmanos este país é "um Estado policial".
"Este não é um Estado policial para todo mundo porque estas leis antiterroristas foram elaboradas especificamente para os muçulmanos e este é um fato claro", declarou Abu Bakr, que faz doutorado em política islâmica.
Por sua vez, Salim, de 20 anos e estudante numa Universidade de Londres, admite que há alguns anos, entre seus amigos, havia "uma minoria" que poderia ter sido considerada fundamentalista islâmica.
"Mas cada vez tenho mais amigos que estudam o Alcorão, que vão à mesquita, que são a favor do véu, que viajam para o Paquistão", disse Salim, que atribui esta mudança ao fato de os jovens muçulmanos serem discriminados.
"Sentimos que as pessoas e as leis nos discriminam. Nós nos sentimos discriminados", disse, acrescentando que os muçulmanos não se sentem comprometidos com o Reino Unido.
Bob Ayers, analista do Instituto Real de Assuntos Internacionais, lembra, citando um estudo do governo, que "cerca de 25% dos jovens muçulmanos nascidos no Reino Unido ou que possuem a nacionalidade britânica manifestam que têm pouca ou nenhuma lealdade a este país".

8.2.07

Rússia e Irã: mais do que uma boa amizade!


Quem será o remetente?



Um funcionário ficou ferido nesta quarta-feira depois que um pacote-bomba explodiu em uma agência de licenciamento de veículos, o terceiro incidente similar em três dias na Grã-Bretanha, noticiou a BBC.
Os serviços de emergência foram chamados para a agência de licenciamento de veículos e motoristas após a explosão em Swansea, no País de Gales, segundo a reportagem.
Cartas-bombas explodiram esta semana em duas empresas britânicas ligadas à cobrança de multas de trânsito.
Outros casos

Na última terça-feira, dois funcionários ficaram levemente feridos nas mãos em uma "pequena explosão" provocada por uma carta-bomba no escritório da companhia Vantis, em Wokingham.
Na segunda-feira, a primeira carta-bomba explodiu em um escritório da Victoria Street, em pleno centro de Londres. Uma mulher que ficou ferida ainda era mantida hospitalizada na terça-feira.

6.2.07

Caçada aos imãs


BRUXELAS (Reuters) - Os países da União Européia precisam reprimir a pregação de imãs radicais e o 'discurso do ódio' pela Internet, além de treinar policiais e professores sobre os perigos da militância islâmica, segundo um plano confidencial ao qual a Reuters teve acesso.
O documento, aceito por embaixadores da UE, pede aos governos que monitorem 'imãs que viajem incitando à violência, caçadores de talentos, recrutadores e outras figuras de liderança e seus movimentos dentro da União Européia'.
O texto diz que os países da UE deveriam coletar e trocar informações sobre essas 'figuras inspiradoras radicais' e dedicar especial atenção a formas de diminuir sua influência em prisões.
'Os Estados membros devem encorajar as comunidades muçulmanas a não confiar em imãs externos, mas também garantir que os imãs sejam treinados e recrutados em suas próprias comunidades', acrescenta o documento.
O Islã militante atualmente é visto como uma grave ameaça terrorista nos 27 países da UE. As autoridades tentam entender como jovens muçulmanos, muitos nascidos e criados na Europa, estão sendo radicalizados e recrutados para operações como os atentados de 2004 e 2005 contras os transportes públicos de Madri e Londres, respectivamente. Alguns complôs incluíam também mulheres.

Os cristãos são porcos e os judeus são macacos!


Uma escola fundada e administrada em Londres pelo governo saudita ensina aos alunos que os cristão são "porcos" e os judeus "macacos", afirma um ex-professor da instituição ao jornal Times. Segundo Colin Cook, que ensinou inglês na King Fahad Academy durante 18 anos, os livros escolares que apresentou à justiça mostram que o estabelecimento é "institucionalmente racista".
"Os livros utilizados descrevem os judeus como 'macacos' e os cristãos como 'porcos'", disse Cook, 57 anos, demitido em dezembro, também de acordo com o Times.
Cook acusa a escola de demissão abusiva e discriminação pelo fato de não ser saudita.
A King Fahad Academy, fundada no ano de 1985 na zona oeste de Londres, é destinada especialmente aos filhos de diplomatas sauditas e muçulmanos que vivem em Londres.

1.2.07

Fotos da infância perdida

Olhos tristes, rostos desolados, pés acorrentados, a crua realidade de uma escola corânica de Bangladesch:



O autor destas imagens é o fotógrafo G. M. B. Akash, que em 2005 foi premiado com "World Press Photo Award", e que, após ter sido jurado de morte por grupos islâmicos, vive como refugiado na Alemanha.

Enquanto isso na Inglaterra multicultural

A polícia britânica interrogou nesta quinta-feira nove suspeitos de terrorismo presos na véspera, em Birmingham, região central da Inglaterra. Ao mesmo tempo, a polícia tentava apaziguar a revolta que a megaoperação antiterrorista provocou na comunidade mulçumana da cidade.
Os britânicos acreditam que os nove homens sejam de origem paquistanesa. Os suspeitos estariam planejando seqüestrar um soldado mulçumano, membro do exército britânico, decapitá-lo e sua execução seria filmada e transmitida na internet.
O soldado que seria assassinado como represália por ter servido no Afeganistão se encontra em lugar seguro, afirmaram fontes ligadas à operação anti-terrorista.
Uma fonte do serviço de segurança ressaltou que o plano abortado pela polícia mostra uma mudança na tática dos terroristas islâmicos em solo britânico, inspirados nas operações da Al-Qaeda no Iraque.
Segundo a fonte, esse plano revela que os terroristas parecem tramar ataques menos grandiosos do que os de 7 de julho de 2005, quando o transporte público londrino foi atingido, deixando 52 mortos e centenas de feridos.
Alguns bairros da cidade de Birmingham já sofreram outras operações antiterroristas, mas nenhuma delas foi concluída com apresentação de acusações contra os detidos. Os moradores locais reagiram com indignação e desconfiança com relação à esta operação, que foi lançada na magrugada de quarta-feira, durante a qual a polícia invadiu oito vilas residenciais. Os moradores da região são mulçumanos e expressam abertamente seu ceticismo e raiva.
"Cada vez que os policiais vêm aos bairros mulçumanos, derrubam as portas por qualquer coisa. Eles não gostariam de ver que tiraram seu pai e sua mãe da cama no meio da noite", disse indignado Imran Khan, um jovem de origem paquistanesa de 19 anos.
Parentes e amigos dos mulçumanos detidos asseguram que eles são inocentes. Wasim Raja, que trabalha em uma pequena loja de Alum Rock, um bairro de Birminghan, deixou claro que não crê na culpa de seu vizinho, preso pela polícia na madrugada de quarta-feira.
"Eu o conheço desde pequeno e ele não é o tipo de pessoa que vá cometer um ato terrorista", disse à AFP.
Muitos moradores de bairros como Sparkhill, Kingstanding e Washwood Heath afirmam que freqüentam diariamente os estabelecimentos invadidos, mas jamais viram atividades terroristas lá.
Desde os atentados de julho de 2005, a comunidade paquistanesa da Grã-Bretanha se sente perseguida e afirma que é o alvo preferido das batidas policiais.
A polícia reconhece que o apoio da população mulçumana é "crucial" e agora tenta apaziguar a raiva e a desconfiança dos mulçumanos britânicos. Paralelamente, líderes da comunidade e policias vêm se reunindo desde quarta-feira, o mesmo dia em que houve a mega-operação.
Além de estabelecer diálogo, a polícia abriu linhas telefônicas para "tranqüilizar" a população e se prepara para começar a distribuir, na quinta-feira, milhares de comunicados, impressos em inglês, hindú, urdú e punjabi. Neles, a polícia pede à população que seja paciente e vigilante, afirmou uma fonte policial à AFP.
Ao mesmo tempo, os detetives seguem revistando a dúzia de residêcias e comércios invadidos na véspera em Birmingham.
A polícia tem um prazo de 28 dias para interrogar os suspeitos, antes de pô-los em liberdade ou apresentar acusações contra eles.

Pedagogia do ódio!


Viena, 1 fev (EFE).- As escolas do Irã educam as crianças para o martírio, fomentam o ódio contra Ocidente e lhes fazem acreditar que a jihad é inevitável, denunciou hoje em Viena a ONG Center for Monitoring the Impact of Peace (CMIP). O diretor de investigação da organização, Arnon Groiss, apresentou hoje o resultado de um estudo baseado em 115 livros iranianos de diversas disciplinas, editados em 2004, e usados nos colégios públicos do Irã. Groiss indicou que o regime de Teerã prepara as crianças desde cedo para sacrificar-se como "mártires" do Islã, em benefício de um Estado que deseja ser uma potência mundial, e está se preparando para a jihad, com o objetivo de dominar o mundo muçulmano.Segundo explicaram Groiss e Yohanan Manor, um dos fundadores da ONG, com sede em Israel, e que conta com conselheiros de diversos países, a organização realizou estudos semelhantes em outros países do Oriente Médio. Mas em nenhum outro país encontraram um projeto tão sistemático para instigar o ódio e instruir os jovens para que se preparem para morrer pelo regime, refletindo a ideologia do fundador da República Islâmica, aiatolá Khomeini. Os investigadores explicaram que a educação dos jovens é maniqueísta, e simplifica o panorama político internacional, descrevendo o Ocidente e os EUA como inimigos. Os professores são instruídos para que seu objetivo pedagógico seja fazer com que "o coração dos estudantes transborde de ódio" contra "os arrogantes" e o "grande Satã", que é o Ocidente e, concretamente, Estados Unidos e Israel. Os jovens a partir de 13 ou 14 anos de idade começam a receber treinamento para ser soldados e para dominar o uso das armas, segundo os especialistas. A campanha pedagógica adquire traços escatológicos, dando uma visão do fim do mundo na qual é preciso imaginar a chegada de uma figura messiânica xiita, que representaria a vitória global do Islã.Em nenhum dos livros se menciona o Holocausto cometido contra os judeus sob o regime nazista. Durante os oito anos de guerra contra o Iraque (1980-1988), mais de 500 mil colegiais foram enviados à frente de batalha, dos quais 36 mil deram sua vida pela revolução islâmica, segundo afirmam os próprios livros.

31.1.07

Notícias de Londinistão


LONDRES (Reuters) - A polícia britânica prendeu oito pessoas em uma série de operações de contraterrorismo na madrugada desta quarta-feira, na região central da Inglaterra. Segundo a imprensa, os suspeitos detidos planejavam sequestrar um jovem e promover uma execução 'ao estilo iraquiano'. Detetives disseram que as pessoas foram presas em locais diferentes de Birmingham, por 'suspeita de encomendar, preparar ou instigar atos de terrorismo'. A cidade é a segunda maior da Grã-Bretanha e uma das áreas mais etnicamente diversas do país, com uma grande população muçulmana.
Os agentes policiais fizeram buscas em várias casas num bairro predominantemente paquistanês de Birmingham. Duas livrarias islâmicas foram isoladas.
A operação foi dirigida pela unidade de combate ao terrorismo de Midlands, com o apoio da Polícia de West Midlands e da Polícia Metropolitana de Londres. Na semana passada, a polícia prendeu cinco pessoas em investigações sobre terrorismo nas cidades inglesas de Manchester e Halifax.
Os serviços de segurança britânicos acreditam que é altamente provável que um ataque terrorista possa acontecer no país, que está no seu segundo alerta de segurança máximo.
No ano passado, a chefe do serviço de espionagem doméstica, o MI5, alertou que cerca de 30 planos terroristas estavam em fase de investigação e que agentes monitoravam cerca de 1.600 suspeitos.
Relatos da mídia, citando fontes anônimas, disseram que a polícia e o MI5 interceptaram um grande plano terrorista em estágio final de planejamento ou próximo de realização. O complô envolveria o sequestro de uma pessoa, ainda que não uma figura famosa.
A Sky TV afirmou saber a identidade do alvo -- um jovem na faixa dos 20 anos. O objetivo seria imitar os sequestros que acontecem no Iraque e transmitir a execução pela Internet.
Nem a polícia nem governo confirmaram as reportagens.
Uma fonte policial disse à Reuters que a trama não causaria perdas em massa, mas envolveria uma nova tática terrorista.
Viva o multiculturalismo!

29.1.07

A Eurábia e o Anti-semistimo


Jerusalém, 29 jan (EFE).- Ocorreram mais de mil incidentes anti-semitas e ataques contra judeus durante 2006 em França, Rússia, Reino Unido e nos países escandinavos, segundo dados fornecidos durante uma reunião do Fórum Global contra o anti-semitismo no domingo à noite, em Jerusalém. No ano passado ocorreu uma escalada nos ataques, o que pôde ser, em alguns casos, conseqüência da ofensiva militar israelense do contra o Hisbolá no Líbano e da morte de 18 civis em um ataque aéreo contra um edifício residencial no povoado de Qana que tinha sido confundido com uma base da milícia islâmica."Não resta dúvida de que esse conflito e o incidente em Qana estimularam os mais graves ataques anti-semitas da última década", disse um funcionário da Agência Judia, Amos Hermon, durante as deliberações do Fórum, divulgadas hoje pela imprensa israelense.
Ocorreram 360 ataques e incidentes na França no ano passado, 60 a mais que em 2005. O mais grave deles foi o seqüestro e assassinato de Ilan Halimi, membro da comunidade israelita do país, cujos restos serão sepultados na sexta-feira em Israel. Participaram do Fórum funcionários do escritório do primeiro-ministro Ehud Olmert e do Ministério de Assuntos Exteriores, a cargo de Tzipi Livni, que manifestou que os dirigentes na Europa "devem compreender que o anti-semitismo é, antes de tudo, seu próprio problema". O presidente da Agência Judia, Ze'ev Bielski, afirmou que "o fenômeno do anti-semitismo na Europa é muito grave, e países como a França e a Inglaterra estão lutando contra ele". O pior ataque relacionado com o conflito do ano passado no Líbano aconteceu contra a Federação Judia em Seattle, Washington, onde homens armados mataram uma empregada, Pamela Waechter, e feriram outros três funcionários da instituição. O conflito contra o Hisbolá desencadeou uma onda de críticas nas quais as operações do Exército israelense foram comparadas com as do regime nazista da Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial, como fez o presidente venezuelano, Hugo Chávez, em agosto. Uma comissão parlamentar no Reino Unido responsabilizou extremistas da comunidade islamita do país e da esquerda pela maioria dos 312 ataques contra a comunidade judia, considerada responsável pela conduta de Israel. Uma pesquisa na Alemanha, objeto de debate no Fórum, que se reúne anualmente, demonstrou que os estudantes israelitas são atacados nas escolas com xingamentos e, às vezes, com violência física, principalmente por membros da comunidade islâmica. Na Rússia foram registrados 300 incidentes ou ataques contra a comunidade judaica, 50 a mais que em 2005; na Áustria, foram 83, na Escandinávia, 53, e na área de Berlim, o aumento foi de 60, embora não haja números totais da Alemanha.

28.1.07

Barak Obama e o Islã


Uma das melhores opções de divertimento que surgirão durante o ano de 2007 será a de fazer Barack Obama enfrentar o Islamofascismo. Barack é o produto de um Muçulmano negro do Kenia, Barack Hussein Obama, e uma ateísta branca do Kansas, Shirley Ann Dunham, que se conheceram na Universidade do Havaí em Honolulu. Por isto seu segundo nome é o mesmo de Saddam: Barack Hussein Obama, Jr. Seu primeiro nome é de origem islâmica, derivado da palavra árabe baraka utilizada no Corão para “abençoado”.
Seu pai abandonou a família quando ele tinha dois anos e voltou para o Kenia. Sua mãe, então, casou com outro Muçulmano que também estudava em Honolulu, o indonésio Lolo Soetoro. Obama, a mãe e o padrasto se mudaram para Jacarta quando ele tinha seis anos e lá ele freqüentou uma madrassa (escola religiosa islâmica). Isto o torna um Muçulmano. No capítulo de seu livro, The Audacity of Hope (A Audácia da Esperança), em que ele discute My Spiritual Journey (Minha Jornada Espiritual) não há nenhuma menção a este fato. (Este capítulo foi reproduzido no Time Magazine). Obama alega ser Cristão e, junto com sua mulher Michelle, serem membros da United Church of Christ.
A idéia aqui não é acusá-lo de ser um Muçulmano “escondido no armário”. Ao contrário, seria interessante acreditar na sua palavra, que ele se tornou Cristão – o que significa que ele é um apóstata. Não há discordância alguma entre acadêmicos Muçulmanos, modernos ou antigos, de que, sob a lei Muçulmana, um murtadd, “aquele que volta as costas ao Islã”, um apóstata, deve ser executado. Irtidad, apostasia, ocorre quando se comete traição contra Deus, e traidores merecem ser mortos.
Se Obama negar que foi Muçulmano, isso será visto como um problema pelos Muçulmanos. Ele nasceu de um pai Muçulmano, foi criado por um padrasto Muçulmano e sua educação deu-se inicialmente numa escola Muçulmana. O fato de ele ter freqüentado uma escola católica em Jacarta antes de viver com os pais de sua mãe em Honolulu, não faz diferença. Para os Muçulmanos sua origem foi Muçulmana. Como poderia ser diferente, quando seu nome é corânico e o nome do meio o mesmo do neto de Maomé? Ter-se tornado um Cristão, para eles, significa tornar-se também um murtadd, um apóstata.
E aqui temos a oportunidade perfeita para que um jornalista empreendedor pergunte a ele, numa entrevista coletiva à imprensa, se ele: 1) receia que Muçulmanos atentem contra sua vida como punição por ele ser um apóstata aos olhos dos Muçulmanos? 2) teria coragem de apelar aos Muçulmanos do mundo para que estes renunciem à tal punição e, ao contrário, declarem que todo Muçulmano tem a liberdade de converter-se a outra religião?
É provável que ele responda não à primeira pergunta e sim à segunda. Como político escorregadio, ele tentará escapar de um “sim” direto que não lhe dê espaço para manobras posteriores. Mas não seria difícil, para um jornalista inteligente, forçá-lo a concordar, sem reservas, que o Artigo 18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos declara:
“Todo o homem tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença [...]”.
… que também se aplica aos Muçulmanos.
Desde que Obama condene a tradição Muçulmana de morte por apostasia, pode-se então, perguntar:
É do conhecimento comum a famosa citação de Alá no Corão, no capítulo (sura) 2, verso 256, que não deve haver “compulsão em religião”. No entanto, em inúmeros ditos de Maomé, conhecidos como hadith, e que formam a base da Sharia, lei islâmica, Maomé disse: “Se um Muçulmano abandona sua religião, matem-no”. Então, o senhor está dizendo aos Muçulmanos que Alá estava certo, mas Maomé foi citado incorretamente e que a tradição da lei da Sharia, no tocante a apostasia, está errada?
Dá para ver como nós poderíamos nos divertir com a coisa toda. Aqui, o segredo é pegar Obama pela própria palavra, de que ele é Cristão, e não, secretamente Muçulmano. Não será necessário fazer acusações. Tudo se resume no fato de que são os Muçulmanos que o consideram, acima de tudo, um Muçulmano, e não que ele se considere. Se esse questionamento for feito de forma honesta, direta e persistente, Obama pode ser bastante útil como uma ferramenta anti-islamofascista.
Os Muçulmanos ficarão enfurecidos com ele por lhes causar um grande embaraço, os americanos se convencerão a nunca votar num presidente com o nome de Husseim – e talvez até se possa influenciar muitos Muçulmanos influentes a abandonarem uma parte importante da lei Muçulmana. Isto vai acontecer a Obama este ano. E não apenas isto. Porque ele vai ouvir perguntas sobre a possibilidade dele apoiar missionários Cristãos em países islâmicos em seus esforços pacíficos para converter Muçulmanos ao Cristianismo.
Pois é, podemos até fazer um bom uso deste cara.

Publicado por www.tothepointnews.com
Tradução: Mila Kette

27.1.07

Terceira guerra mundial já começou!


A terceira Guerra Mundial já está em andamento entre os islamitas e o Ocidente, mas a maioria das pessoas não se deu conta, disse Efraim Halevy, ex-chefe do Mossad, o serviço secreto israelense, em entrevista publicada neste sábado em Portugal. "Estamos em meio à III Guerra Mundial", disse Halevy à revista portuguesa Expresso.
"O mundo não entende isso. Uma pessoa que anda pelas ruas de Tel Aviv, Barcelona ou Buenos Aires não tem a sensação de que uma guerra está em curso", acrescentou Halevy, que dirigiu o Mossad de 1998 a 2003.
"Durante a primeira e a segunda Guerra Mundial, todo mundo sentia que havia uma guerra. Hoje ninguém é consciente disso. De vez em quando tem um ataque terrorista em Madri, Londres e Nova York e, depois, tudo continua como se nada tivesse acontecido", afirmou.
A violência dos islamitas, segundo ele, vem perturbando tanto as viagens como o comércio internacional, assim como aconteceu durante os dois conflitos mundiais anteriores.
Halevy, que cresceu em Londres em tempos de guerra, disse que seriam necessários pelo menos 25 anos para ganhar a batalha contra os islamitas, mas até lá é provável que eles realizem um ataque nuclear.
"Não tem que ser nada muito sofisticado. Não tem que ser a última tecnologia nuclear; pode ser algo sensível como uma bomba suja que, em vez de matar milhões de pessoas, mata apenas dezenas de milhares", continuou.
Halevy ocupou seu cargo no Mossad durante os governos dos primeiros-ministros Yitzhak Shamir, Yitzhak Rabin e Shimon Peres.