29.1.07

A Eurábia e o Anti-semistimo


Jerusalém, 29 jan (EFE).- Ocorreram mais de mil incidentes anti-semitas e ataques contra judeus durante 2006 em França, Rússia, Reino Unido e nos países escandinavos, segundo dados fornecidos durante uma reunião do Fórum Global contra o anti-semitismo no domingo à noite, em Jerusalém. No ano passado ocorreu uma escalada nos ataques, o que pôde ser, em alguns casos, conseqüência da ofensiva militar israelense do contra o Hisbolá no Líbano e da morte de 18 civis em um ataque aéreo contra um edifício residencial no povoado de Qana que tinha sido confundido com uma base da milícia islâmica."Não resta dúvida de que esse conflito e o incidente em Qana estimularam os mais graves ataques anti-semitas da última década", disse um funcionário da Agência Judia, Amos Hermon, durante as deliberações do Fórum, divulgadas hoje pela imprensa israelense.
Ocorreram 360 ataques e incidentes na França no ano passado, 60 a mais que em 2005. O mais grave deles foi o seqüestro e assassinato de Ilan Halimi, membro da comunidade israelita do país, cujos restos serão sepultados na sexta-feira em Israel. Participaram do Fórum funcionários do escritório do primeiro-ministro Ehud Olmert e do Ministério de Assuntos Exteriores, a cargo de Tzipi Livni, que manifestou que os dirigentes na Europa "devem compreender que o anti-semitismo é, antes de tudo, seu próprio problema". O presidente da Agência Judia, Ze'ev Bielski, afirmou que "o fenômeno do anti-semitismo na Europa é muito grave, e países como a França e a Inglaterra estão lutando contra ele". O pior ataque relacionado com o conflito do ano passado no Líbano aconteceu contra a Federação Judia em Seattle, Washington, onde homens armados mataram uma empregada, Pamela Waechter, e feriram outros três funcionários da instituição. O conflito contra o Hisbolá desencadeou uma onda de críticas nas quais as operações do Exército israelense foram comparadas com as do regime nazista da Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial, como fez o presidente venezuelano, Hugo Chávez, em agosto. Uma comissão parlamentar no Reino Unido responsabilizou extremistas da comunidade islamita do país e da esquerda pela maioria dos 312 ataques contra a comunidade judia, considerada responsável pela conduta de Israel. Uma pesquisa na Alemanha, objeto de debate no Fórum, que se reúne anualmente, demonstrou que os estudantes israelitas são atacados nas escolas com xingamentos e, às vezes, com violência física, principalmente por membros da comunidade islâmica. Na Rússia foram registrados 300 incidentes ou ataques contra a comunidade judaica, 50 a mais que em 2005; na Áustria, foram 83, na Escandinávia, 53, e na área de Berlim, o aumento foi de 60, embora não haja números totais da Alemanha.

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