1.2.07

Pedagogia do ódio!


Viena, 1 fev (EFE).- As escolas do Irã educam as crianças para o martírio, fomentam o ódio contra Ocidente e lhes fazem acreditar que a jihad é inevitável, denunciou hoje em Viena a ONG Center for Monitoring the Impact of Peace (CMIP). O diretor de investigação da organização, Arnon Groiss, apresentou hoje o resultado de um estudo baseado em 115 livros iranianos de diversas disciplinas, editados em 2004, e usados nos colégios públicos do Irã. Groiss indicou que o regime de Teerã prepara as crianças desde cedo para sacrificar-se como "mártires" do Islã, em benefício de um Estado que deseja ser uma potência mundial, e está se preparando para a jihad, com o objetivo de dominar o mundo muçulmano.Segundo explicaram Groiss e Yohanan Manor, um dos fundadores da ONG, com sede em Israel, e que conta com conselheiros de diversos países, a organização realizou estudos semelhantes em outros países do Oriente Médio. Mas em nenhum outro país encontraram um projeto tão sistemático para instigar o ódio e instruir os jovens para que se preparem para morrer pelo regime, refletindo a ideologia do fundador da República Islâmica, aiatolá Khomeini. Os investigadores explicaram que a educação dos jovens é maniqueísta, e simplifica o panorama político internacional, descrevendo o Ocidente e os EUA como inimigos. Os professores são instruídos para que seu objetivo pedagógico seja fazer com que "o coração dos estudantes transborde de ódio" contra "os arrogantes" e o "grande Satã", que é o Ocidente e, concretamente, Estados Unidos e Israel. Os jovens a partir de 13 ou 14 anos de idade começam a receber treinamento para ser soldados e para dominar o uso das armas, segundo os especialistas. A campanha pedagógica adquire traços escatológicos, dando uma visão do fim do mundo na qual é preciso imaginar a chegada de uma figura messiânica xiita, que representaria a vitória global do Islã.Em nenhum dos livros se menciona o Holocausto cometido contra os judeus sob o regime nazista. Durante os oito anos de guerra contra o Iraque (1980-1988), mais de 500 mil colegiais foram enviados à frente de batalha, dos quais 36 mil deram sua vida pela revolução islâmica, segundo afirmam os próprios livros.

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