10.1.07

Algo de podre no Reino da Dinamarca!


A justiça dinamarquesa decidiu não abrir investigações contra imãs e muçulmanos acusados de ter afetado os interesses da Dinamarca depois da crise provocada pelas caricaturas de Maomé, informaram fontes judiciais.
A procuradoria Birgitte Vestberg rejeitou, após uma longa investigação, 110 denúncias contra líderes religiosos que viajaram ao Egito, ao Líbano e à Síria em dezembro de 2005.
Duas delegações de imãs da Comunidade Islâmica foram a estes países para chamar a atenção das autoridades políticas e religiosas sobre o silêncio do governo dinamarquês em relação à publicação de 12 desenhos do profeta Maomé considerados ofensivos pelos muçulmanos.
As caricaturas, publicadas em setembro de 2005 pelo maior jornal dinamarquês, o Jyllands-Posten, suscitaram a ira do mundo muçulmano, onde várias manifestações sangrentas aconteceram em janeiro e fevereiro de 2006. A situação levou a um boicote dos produtos dinamarqueses.
Vestberg considerou o informe emitido pelas delegações após sua viagem "incorreto e impreciso", mas acrescentou que ele "não representava, de nenhuma maneira, um apelo às hostilidades contra o Estado dinamarquês".
No mês passado, o primeiro-ministro dinamarquês, Anders Fogh Rasmussen, criticou os imãs, qualificando eles de "fanáticos que põem lenha na fogueira transmitindo uma imagem falsa da Dinamarca".
O governo, a maioria do Parlamento, os meios de comunicação e a população dinamarquesa estão convencidos de que os imãs alimentaram o fogo da revolta contra a Dinamarca nos países árabes e muçulmanos.

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